Um dos marcos do Movimento Diretas Já, que pedia a volta do voto direto, completa 30 anos nesta quarta-feira (16). Há três décadas, no dia 16 de abril de 1984, o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, ficou lotado com 1,5 milhão de manifestantes que lutavam por eleições diretas. Na época, o Brasil estava sob o comando de militares em uma Ditadura que já durava 20 anos.
Alguns dias depois do comício, no entanto, a proposta para voto direto para presidente da República foi rejeitada pelo Congresso Nacional. No ano seguinte, Tancredo Neves foi eleito por um colégio eleitoral e marcou o início da redemocratização do país.
A professora Natalia Pena e o assessor parlamentar Jabes Campos participavam, na época, da Pastoral da Juventude, na Zona Norte de São Paulo e acompanhavam a igreja nos movimentos sociais e nas manifestações.
“Meu pai falava muito: ‘lá vai você de novo, você tem essa mania de achar que vai mudar o mundo’. E com aquele grupo todo que nós tínhamos, acreditávamos mesmo que íamos fazer a diferença”, disse a professora.
Já Jabes, comentou sobre a importância daquele dia e daquele movimento. “Aquilo foi um marco pra mim, na minha história, na história da vida dos meus amigos”, contou.
Exposição
O Arquivo Público do Estado vai inaugurar, nesta tarde, uma exposição sobre os trinta anos do Diretas Já. Serão relembrados momentos importantes da época, com fotos, vídeos e documentos.
O Arquivo Público do Estado vai inaugurar, nesta tarde, uma exposição sobre os trinta anos do Diretas Já. Serão relembrados momentos importantes da época, com fotos, vídeos e documentos.
Uma das atrações será um palanque em que o visitante poderá ouvir um trecho do histórico comício no Vale do Anhangabaú, narrado pelo locutor Osmar Santos, um dos principais participantes do movimento pelas Diretas Já.
A mostra ficará aberta até o dia 16 de agosto, de segunda a sexta, das 9h às 17h na Rua Voluntários da Pátria, próximo ao Metrô Portuguesa-Tietê. A entrada é gratuita.
Fonte: site Globo.com
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